
Tratamento da obesidade: por que não usar chás e suplementos?
A obesidade é uma doença crônica e que já afeta cerca de seis em cada dez brasileiros, segundo um estudo realizado pela Agência Brasil. Por este motivo tem sido cada vez mais frequente a novidade de que algum chá ou suplemento “emagrece rapidamente” ou é a solução final para o problema.
Por se tratar de uma doença complexa, o tratamento de obesidade deve contar com reeducação alimentar, terapia com psicólogo, atividades físicas e medicamentos específicos. Como somos influenciados nestas áreas desde a infância, através da família e de nossa cultura, importante salientar que a prevenção já começa nesta fase!
E como hábitos alimentares e cultura são ensinados, é preciso percorrer o caminho certo e combater todos os tipos de desinformação, fake news e “dietas milagrosas” que prometem emagrecer de uma hora pra outra. A expectativa criada e não atingida com estas dietas e fake news, pode levar ao sofrimento psicológico e ao desenvolvimento de transtornos alimentares, fazendo com que mais uma doença se sobreponha à obesidade.
A única maneira de realizar um tratamento da obesidade correto e eficaz, é através de acompanhamento de profissionais da saúde e um trabalho de longo prazo. Por mais que “atalhos” soem tentadores, além de ineficazes eles também são perigosos. No texto de hoje, te explicaremos o por quê.
Nenhum alimento ou chá combate a obesidade isoladamente
É isso mesmo: o uso de chás para tratamento da obesidade não é recomendado na prática clínica, pois nenhum alimento ou bebida isoladamente tem o potencial de tratar ou até mesmo curar a obesidade, devido à complexidade desta doença.
A obesidade abrange aspectos comportamentais, metabólicos, sociais, genéticos entre outros. O seu tratamento, como citado anteriormente, envolve reeducação alimentar, atividade física, mudança de comportamento e em alguns casos, uso de medicações que auxiliam no manejo do mecanismo de fome x saciedade.
O que as pesquisas nos provam sobre a utilização de chás?
Os estudos que demonstram evidências em relação ao consumo de chás para tratamento da obesidade costumam ser desenvolvidos em ambientes controlados, em laboratórios, com animais ou com número reduzido de indivíduos. Assim, seus dados não podem ser extrapolados para a população e muito menos ser tomado como verdade absoluta. Durante os testes, é muito comum que seja utilizado o princípio ativo da planta, potencializando a ação do chá, superestimando os resultados e criando uma falsa sensação de segurança e eficácia.
Quer dizer que o chá é um inimigo?
De maneira alguma! O chá não é um herói nem tampouco vilão. Nenhum alimento ou chá isoladamente tem o poder de emagrecer. Mas a “cultura da dieta” há tempos faz com que esperemos um “milagre” ao consumir alguns deles.
Alguns chás como o de gengibre, hibisco, chá mate, chá verde, entre outros, são popularmente conhecidos por suas propriedades termogênicas. Este efeito “termogênico” aceleraria o metabolismo e reduziria a absorção de gordura, além de efeito benéfico no colesterol. Na prática este efeito é mínimo e não impacta no metabolismo.
Outra função muito comentada é a de “detoxificação”, ou seja, estes chás poderiam eliminar as toxinas de nosso organismo. No entanto, o que ocorre é uma melhora da hidratação e da diurese pela água que existe nos chás.
O chá pode sim fazer parte da alimentação como uma bebida de infusão de preferência utilizando a planta, folhas ou fruto, sem a adição de açúcar ou adoçantes e variando o tipo de chá sempre que possível.
É importante lembrar que vários chás podem ser tóxicos dependendo da quantidade, da época com que foram coletadas as folhas ou até de que parte da planta foi extraído o mesmo. Há relatos de insuficiência hepática e até morte pelo uso de chás.
Os chás industrializados, como chás em sachês, garrafas ou lata, em geral possuem calorias devido a adição de açúcar e aditivos alimentares. Alguns dos aditivos podem causar sintomas como agitação e irritabilidade. Já os chás adoçados promovem ganho de peso se consumidos frequentemente podendo levar a aumento na glicemia (açúcar no sangue).
O tratamento da obesidade necessita de tempo e dedicação.
Construir uma vida saudável não é a mesma coisa que seguir uma dieta específica. A primeira engloba psicologia, educação física, endocrinologia e cuidados alimentares que não se obtêm com receitas milagrosas.
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