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pelo nosso time de especialistas em saúde e melhora sua qualidade de vida.

No início de 2022, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), em parceria com a Sociedade Brasileira de Metabologia e Endocrinologia (SBEM), realizou uma pesquisa sobre gordofobia e obesidade no Brasil, com resultados bastante interessantes.
No total, 3.621 pessoas, com idade entre 18 e 82 anos, responderam às perguntas por meio de formulários online. Dos participantes, 75,4% eram obesos (IMC > 30) sendo que 89% eram mulheres. Neste texto, a Haux traz pra você alguns dos dados mais relevantes da Pesquisa Obesidade e Gordofobia 2022 – Percepções, que você pode ler na íntegra na internet.
Gordofobia
A gordofobia se define como preconceito ou aversão em relação a pessoa obesa. Deve ser combatida e discutida, pois pode resultar em dificuldade destes indivíduos ao acesso a serviços de saúde. Assim, o cuidado, o acolhimento a pessoa obesa deve ser discutido cada vez mais em nossa sociedade.
A pesquisa demonstrou que o impacto da doença deve ser minimizado e o tratamento da obesidade facilitado, tanto no sistema público quanto no privado.
Constrangimento
A carga de estigma social foi um dos primeiros pontos avaliados. Conforme os resultados das pesquisas, 85,3% das pessoas afirmaram já ter sofrido algum tipo de constrangimento relacionado ao peso.
E quanto mais obesa, maior o grau de constrangimento. Entre obesos grau III, praticamente todos relataram situações constrangedoras, em consultas, no trabalho, entre familiares e amigos ou em um estabelecimento comercial.
Os dados sobre a periodicidade dessas situações também são bastante impactantes. Mais da metade dos participantes afirmou ter vivido algum constrangimento desse tipo semanalmente e cerca de 20% disse que o estigma por causa do peso é vivido diariamente, reforçando a realidade da gordofobia no Brasil.
Tentativas de tratamento do excesso de peso
Outro conjunto de dados relevante concerne às tentativas de tratamento do excesso de peso. Ainda que muitas vezes se pense que essas pessoas não se importam com a questão, 93,6% dos participantes afirmou já ter feito tentativas anteriores de emagrecimento.
Sobre os locais procurados para essas tentativas, 55,7 % dos ouvidos buscaram a rede de saúde privada, 31,3% fizeram o esforço por conta própria e somente 12,9% recorreram ao atendimento de saúde pública.
A pesquisa também observou como essas pessoas se sentiram em relação ao atendimento recebido. No setor privado, 56% dos ouvidos disseram ter se sentido acolhidos pelos profissionais de saúde. Já na saúde pública, esse número foi menor: 38,5%. O estudo destaca ainda que, quanto maior o grau de obesidade, menos foi a sensação de conforto com relação ao tratamento.
As estratégias para a perda de peso relatadas por quem buscou alternativas individuais foram, em 63,2% dos casos, a combinação de dieta e exercício físico. Nesse grupo, um número expressivo, 10,3% dos participantes, utilizou medicamentos emagrecedores sem acompanhamento ou indicação de um médico.
Isto corrobora com os estudos sobre tratamento da Obesidade em que observamos que apenas 2% dos indivíduos com obesidade realizam tratamento, enquanto que 80% dos diagnosticados com Diabetes são tratados com medicamentos. Isto denota o preconceito e a desinformação em relação à doença.

O que fazer?
A partir desses resultados, as conclusões da Pesquisa: “Obesidade e Gordofobia 2022 – Percepções” convidam para uma estratégia conjunta, entre os setores públicos e privados da saúde, juntamente com a sociedade civil e outros setores relacionados a essa questão, de modo a oferecer um atendimento digno para pessoas com sobrepeso e obesidade.
Para tanto, consideram a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que afirma que “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”.
Nessa perspectiva, o acolhimento e redução do constrangimento para pacientes com obesidade é parte fundamental da saúde, entendida como estado completo de bem-estar , uma vez que muitas dessas pessoas deixam de acessar serviços de saúde por medo de passarem por situações de estigma.
A Haux tem profissionais preparados para atender as pessoas de forma digna e acolhedora. Isso faz com que seu método transdisciplinar traga melhorias consideráveis para diferentes perfis de pacientes. Quer conhecer mais? Siga a clínica no Instagram, Facebook e LinkedIn. Na Haux a vida fica mais LEVE!

Para muitas pessoas, a luta com o peso é um problema de longa data. Esse processo, quase sempre marcado pela frustração e por dietas com resultados ineficazes, costumeiramente vem acompanhado da pergunta: por que não consigo emagrecer?
E a culpa não é a melhor resposta para essa questão. Apesar da crença, bastante difundida, de que emagrecer é uma questão de força de vontade, existem fatores, sejam eles genéticos, sociais,emocionais, familiares ou biológicos, que dificultam o processo de emagrecimento.
Neste texto, explicaremos alguns 7 aspectos que atrapalham o emagrecimento. Fique atento a todos eles para conseguir perder peso de forma saudável.
1. Não escolhi minha equipe técnica!
Ao se questionar “por que não consigo emagrecer” é preciso observar quais profissionais você tem procurado. A obesidade é uma doença complexa. Não há atalhos. Você precisará entender seus padrões alimentares, rever seus hormônios e metabolismo, saber “adestrar” seus impulsos com Terapia psicológica específica e ver se seu treino está adequado para a perda de peso. Precisa de Equipe Multidisciplinar!
2. Não entendi que o exercício é para sempre!
Outra explicação para a constante sensação de “não consigo emagrecer” é a relação com o exercício. A longo prazo, o que define o aumento progressivo de gasto energético basal é quanto o indivíduo tem de massa muscular formada.
E se você fica entrando e saindo da atividade física, não vai conseguir consistentemente ganhar massa muscular. Entenda: atividade física é como escovar os dentes! Deve ser contínua e persistente.
3. Tenho preconceito com medicações para emagrecer!
Por conta das medicações da década de 70 muitas pessoas ainda têm preconceito com medicações para emagrecer!
As anfetaminas não são mais utilizadas pelos endocrinologistas, porém muitos pacientes se negam ainda a usar as outras medicações que surgiram depois. Pensam que haverá vício e efeito rebote, entre outros mitos. As medicações atuais são seguras e melhoram inclusive gordura hepática, reduzem a placa de colesterol além de outros efeitos benéficos adicionais.
Quem tem preconceito com o uso de medicamentos, não vê obesidade como doença, infelizmente, e sim, como falta de disciplina ou caráter. Isto atrasa a melhora deste quadro que é crônico.
As medicações são confiáveis e podem ser usadas por tempo indefinido.
4. Eu espero o próximo milagre! Adoro a última dieta famosa!
A constatação “eu não consigo emagrecer” pode ocorrer mesmo que você já tenha feito muitas dietas. Será que você é adepto da “cultura da dieta”, você sabe o que é isso? A cultura da dieta cria sempre uma saída milagrosa, um fitoterápico novo, um método rápido e milagroso para emagrecer.
Não compre, não invista em nada que prometa perdas espetaculares e rápidas. Procure os especialistas.
5. Não consigo emagrecer porque penso em estética e não em saúde!
A chance da frustração, do sentimento de “não consigo emagrecer” e de que você não continue o tratamento é muito maior se você só estiver pensando em estética. A obesidade traz uma série de problemas consigo, doenças crônicas (diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, dentre outros) e deve ser tratada de forma adequada.
Os especialistas que estudam obesidade vão lutar com você para reduzir riscos e melhorar sua autoestima independente de seu peso. Procure profissionais sérios, éticos e com boa formação. Não há nada mais bonito do que uma pessoa plena e saudável independente de seu peso.

6. Tenho em casa e/ou no trabalho um Ambiente Obesogênico
Possuir alimentos com perfil de gordura não adequado (com excesso de gordura trans) ou com maior quantidade de calorias em abundância por perto, não facilitará seu comprometimento com uma alimentação mais saudável.
Não mantenha alimentos processados e com excesso de açúcar e gordura trans em suas gavetas do trabalho, no quarto e em sua dispensa. Quanto mais longe você ficar do que pode atrapalhar sua alimentação do dia a dia, melhor será!
Faça com a nutricionista sua lista de substituições e tenha por perto alimentos saudáveis para que você tenha que caminhar para adquirir algo que não contribuirá para a melhora de sua saúde. Para isso, terá que ir ao supermercado.
Não faça estoque, principalmente de produtos industrializados e com excesso de açúcar ou gordura. Lembre-se: dieta, do grego, significa modo de vida. E quando houver uma festa, você poderá comer o que for ofertado com tranquilidade. Observando sua saciedade e necessidade.
Retire de casa, do trabalho e de seu horizonte os excessos de calorias vazias, ou seja, não nutritivas.
7. Mantenho estressores importantes na vida sem ter conhecimento ou sem perceber!
O excesso de estressores em alguns indivíduos pode levar ao aumento da ingesta de alimentos palatáveis (com excesso de açúcar e gorduras em sua composição). Assim como o álcool, compras, jogos e internet, o ato de se alimentar também pode ser algo que se busque apenas por gratificação.
Acontece que, se esta é sua realidade, sem auto-conhecimento, os estressores continuarão levando você a um ciclo crônico de superalimentação e em consequência, obesidade.
O excesso de individualismo nas relações sociais, a baixa auto-estima, assédio moral no trabalho ou nas relações íntimas, podem ser estressores crônicos que devem ser reconhecidos e depois tratados. Numa sessão de Terapia Cognitiva Comportamental, há técnicas específicas para que os impulsos relacionados a alimentação sejam reconhecidos e treinados para que não ocorram.
É muito gratificante ver o indivíduo superando seus problemas e progredindo no cuidado em saúde, que passa pela saúde mental. Em alguns casos, necessitamos do psiquiatra que entrará com medicações específicas.
8. Durmo muito mal e acho que é normal
Dormir bem é essencial para a perda de peso. Durante o sono, um de nossos hormônios o cortisol faz seu “descenso”, ou seja há redução de seus níveis. Acordar várias vezes por diversos motivos (apnéia, transtorno do sono) pode fazer com que o descenso noturno do cortisol não ocorra e aumente, por exemplo, a gordura intra-abdominal. Converse com seu médico sobre seu sono. Talvez você precise de um especialista em sono. Não “normalize” um sono ruim.
Se você costuma pensar “não consigo emagrecer”, saiba que existem métodos mais eficazes. Doença crônica e complexa, a obesidade precisa ser vista sob vários aspectos: nutricionais, endocrinológicos, da educação física e psicológicos.
Na Haux, nosso time é reconhecido pela formação científica, ética e cuidado. Somos um time integrado que reúne-se semanalmente para estudar o que possa estar lhe distanciando da melhor saúde. Para saber mais, siga nossas redes sociais: Instagram, Facebook e LinkedIn. Na Haux a vida fica mais LEVE!

As doenças autoimunes ocorrem após uma confusão do seu Sistema de Defesa. Ao invés do sistema ser ativado contra um vírus ou bactéria, o sistema imunológico reage contra algum órgão provocando uma inflamação no mesmo.
Temos então variados tipos de doenças autoimunes contra pele (vitiligo por ex.), doenças contra as articulações que são os vários tipos de artrite (Sjogren, artrite psoriática, artrite reumatóide) e tantas outras.
Mas o que elas tem a ver com a Obesidade? Entenda a relação neste artigo.
Doenças autoimunes e a obesidade
Na obesidade o tecido adiposo se torna não funcional e suas células, os adipócitos, aumentam de tamanho e podem distribuir-se em locais diferentes no corpo. Além disso, há secreção de proteínas específicas e radicais livres que contribuem para ativar vias de sinais que aumentam a possibilidade de iniciar uma doença autoimune.
Enquanto obeso, o indivíduo mantém-se em estado inflamatório de baixa intensidade permanente. Assim, as doenças autoimunes podem ser desencadeadas por conta da Obesidade e o inverso é verdadeiro já que ambas compartilham o mesmo cenário: a inflamação!
Disbiose: entenda o que é!
Há também o fato de que a dieta consumida por indivíduos com obesidade favorece a proliferação de algumas bactérias do intestino levando a uma alteração chamada Disbiose.
Nosso intestino é habitado por milhões de bactérias. A alimentação que comemos faz com que determinadas bactérias permaneçam e outras morram. A disbiose ocorre quando a microbiota intestinal está sofrendo algum desequilíbrio no número de suas bactérias. Isto é, quando o número de bactérias que habitam nosso intestino e que fazem mal para o organismo, é superior ao número de “bactérias do bem”.
Em sequência ocorre o fenômeno da “permeabilidade intestinal”, que favorece o ciclo inflamatório. A disbiose provocada por alteração dietética, também mantém a inflamação intestinal e tem relação com a autoimunidade.
Outras relações com a Obesidade
Para quem possui doenças autoimunes, cuidar da alimentação faz parte do tratamento e contribui para a melhora das próprias reações autoimunes da doença de base.
Somando-se a estas alterações, a obesidade pode desencadear alterações biomecânicas, que são vias que contribuem para a osteoartrite. A perda de peso pode prevenir e aliviar significativamente os sintomas da osteoartrite, uma doença progressiva das articulações, conhecida como “desgaste” da artrite.
Além da perda de peso, que alivia mecanicamente o esforço da articulação, o aperfeiçoamento muscular através de exercícios de força e resistência, melhoram as condições do músculo que envolve cada articulação. Assim, há a redução de dores e melhora da qualidade de vida.
Outro motivo de preocupação é que se pode adquirir obesidade durante a doença autoimune. Ocorre que, algumas medicações utilizadas nas doenças autoimunes, podem produzir estados de resistência insulínica e obesidade. Um dos tratamentos dos mais clássico é o uso da prednisona. Além deste, outros medicamentos podem piorar a parte metabólica, exigindo maior cuidado com esta área da saúde,
Assim, durante a doença autoimune, o acompanhamento deve ser realizado com o reumatologista e com o endocrinologista que, avaliarão as possíveis consequências e sugerirão tratamentos que possam melhorar o quadro clínico.
Doenças autoimunes: o que fazer?
Quando você é portador de doença crônica, deve entender que mesmo sem cura, com a mudança de estilo de vida, há controle de seus sintomas e da progressão da maioria das doenças inflamatórias. O tratamento da obesidade deve ser realizado concomitantemente para que não piore o status da doença autoimune.
Com a Haux, o controle da obesidade se tornou muito mais fácil! Aqui, fazemos uma avaliação e acompanhamento com vários especialistas em saúde. Participam da equipe: nutricionista, educador físico, psicólogo e endocrinologista. Todos com olhar humanizado, utilizando protocolos científicos e éticos de cuidado em saúde, já estabelecidos pela ciência em trabalhos já publicados.
O emagrecimento e aumento da massa muscular ficam mais fáceis e tranquilos pois nosso time conseguirá fazer com que sua jornada da mudança do estilo de vida flua de maneira tranquila! Gostou desse conteúdo? A Haux traz sempre novidades sobre o emagrecimento saudável no Instagram, Facebook e LinkedIn. Venha para a Haux e tenha uma vida mais LEVE!


Em tempos de COVID-19, é urgente aumentar a conscientização sobre a obesidade, suas comorbidades e seus riscos.
É urgente entender que a obesidade é uma doença, aumentando a compreensão de sua causa multifatorial e mudando a percepção e a nossa resposta como sociedade ao excesso de peso.
Agora, mais ainda, priorizar o combate à obesidade é uma questão chave de saúde pública.
São mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com obesidade. A obesidade infantil tem uma previsão de aumento de 60% na próxima década – já são mais de 300 milhões de crianças e adolescentes com obesidade. No Brasil, estima-se que entre 10% e 15% das pessoas entre 5 e 19 anos têm obesidade. Em adultos, 62% têm excesso de peso e 27% têm obesidade. O sedentarismo, também diretamente associado à obesidade, acomete até 64% da população brasileira.

Os custos estimados com a obesidade são de cerca de US$ 2 trilhões anualmente, representando 2,8% do PIB mundial.
Por ser uma das principais contribuintes para a mortalidade geral da população, agir contra a obesidade (incluindo sua prevenção e tratamento) é de máxima importância.
Dados publicados recentemente mostraram que o excesso de peso é agora responsável por mais mortes do que fumar. A porcentagem de todas as mortes atribuíveis ao tabagismo caiu de 23% em 2003 para 19% em 2017, enquanto as mortes por excesso de peso aumentaram de 18% em 2003 para 23% em 2017.

Essa pandemia relacionada ao excesso de peso pode ser devastadora e mais grave que muitas outras doenças. Na realidade, a obesidade é causa de outras doenças como diabetes tipo 2, doença gordurosa do fígado, depressão, distúrbios do sono, artrose, hipertensão arterial, aumento de colesterol e triglicerídeos, isquemia do coração, derrame cerebral e até mesmo câncer.

Quem tem obesidade é quase três vezes mais propenso a desenvolver diabetes tipo 2, sendo que aproximadamente 40% dos novos casos de diabetes são diretamente atribuíveis à obesidade.
A obesidade pode ser responsável por mais de 12 tipos de câncer. Um maior tempo sedentário é associado a um risco até 52% maior de morte por câncer. A substituição de 30 minutos de tempo sedentário por uma atividade física de moderada intensidade reduz o risco de câncer em 31%.
Em um estudo com mais de 550.000 adultos, foi constatado que pessoas com obesidade que intencionalmente perderam em média 13% do peso corporal reduziram o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em 42 – 44%, apneia do sono em 22 – 27%, hipertensão arterial em 18 – 25% e dislipidemia (aumento de colesterol e triglicerídeos) em 20 – 22%.

Atualmente está ocorrendo uma piora desse cenário de sindemia – combinação das pandemias de obesidade e de COVID-19, com as pessoas aumentando o tempo sedentário, reduzindo a prática de exercício físico, aumentando o consumo de alimentos não saudáveis, desenvolvendo ansiedade e depressão, o que resulta em um maior ganho de peso. Estamos agora constatando o quanto é precária a saúde metabólica da nossa sociedade, com casos de maior gravidade e pior evolução da infecção pelo coronavírus. Pessoas com obesidade têm mais internações, maior tempo de hospitalização, mais indicação de UTI e intubação e maior mortalidade.
Um estudo publicado agora avaliou o risco de hospitalizações em mais de 900.000 casos de COVID-19 nos EUA e mostrou que a maioria foi relacionada com uma de quatro condições cardiometabólicas: 30% foram atribuíveis à obesidade, 26% à hipertensão, 21% ao diabetes e 12% à insuficiência cardíaca.

Além disso, os pesquisadores estimaram que uma redução de 10% em cada uma dessas quatro condições cardiometabólicas teria potencialmente a capacidade de evitar 11% das hospitalizações por COVID-19.
A COVID-19 está enviando ao mundo um alerta sobre nossa falta de ação em relação às doenças metabólicas e cardiovasculares.
Nós conhecemos muitas das soluções para prevenir e tratar a obesidade, mas mais do que palavras e promessas, agora precisamos de ações verdadeiras. A obesidade tem sim prevenção e tratamento. Os dias em que a obesidade e as doenças cardiometabólicas eram apenas problema dos outros já se foram, pois diretamente ou indiretamente, todos nós somos ou seremos afetados de uma forma ou outra.
Precisamos deixar de acreditar que ter obesidade é uma questão de opção ou de relaxamento pessoal. Sem estigmatizar e centrando de forma humanizada na pessoa, devemos minimizar a pandemia da obesidade, estimulando a alimentação saudável, a diminuição do tempo sedentário, a prática de exercício físico regular e o acesso ao tratamento adequado. Esta é uma chamada de ação para a sociedade como um todo, para todas as formas de mídia, para os gestores públicos e privados da Saúde e para cada um de nós, cidadãos.
Autor
Clayton Macedo, MD, PhD
Doutor em Endocrinologia Clínica
Especialista em Medicina do Esporte e do Exercício
CEO Médico da Haux Company
Prof. da pós-graduação em Endocrinologia e Medicina Esportiva da UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo
Coordenador do Núcleo de Endocrinologia do Exercício (Medicina Esportiva – UNIFESP)
Presidente da Comissão Temporária de Estudos em Endocrinologia do Exercício da SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Coordenador do Departamento de Atividade Física da ABESO – Associação Brasileira de Estudos da Obesidade e Síndrome Metabólica
Membro do Departamento de Atividade Física da SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes
Fontes:
Editorial do The Lancet Diabetes & Endocrinology, abril de 2021; ECOICO – European and International Congresso on Obesity, setembro de 2020; Journal of American Heart Association, abril de 2021 e The Lancet, janeiro de 2019.


EM TEMPOS DE PANDEMIA E ISOLAMENTO SOCIAL,
COMO FICA O SEU EXERCÍCIO FÍSICO?
A Haux quer que você tenha mais saúde. Confira as nossas 10 dicas que vão te ajudar a se manter ativo fisicamente e mais saudável.

Se você deseja se proteger de doenças, o exercício físico regular pode ser um grande reforço para sua imunidade.
Pessoas ativas fisicamente têm menor chance de apresentar diversas doenças, como diabetes, obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares e outras patologias crônico-degenerativas que levam seus portadores a serem considerados de maior risco para a infecção pelo coronavírus.

O exercício físico é determinante na prevenção e tratamento da depressão e da demência.
É, com certeza, uma boa estratégia para mantermos o astral e o humor nesses tempos difíceis de crise e isolamento social.

Para as pessoas com diabetes, em especial, a prática de exercício físico é muito benéfica. Ela auxilia na perda e manutenção de peso, no aumento da sensibilidade à insulina e no melhor controle dos níveis sanguíneos de glicose.
Tanto os exercícios aeróbicos (como caminhadas, ciclismo e corrida) quanto de resistência (como os com peso e musculação) são importantes para os portadores de diabetes.
Se você utiliza insulina ou outros medicamentos que aumentam os níveis de insulina, lembre-se de monitorar os níveis de glicose e de carregar algum carboidrato de ação rápida para casos de hipoglicemia.

Se você tem sobrepeso ou obesidade, essa pode ser uma excelente oportunidade para focar mais na sua saúde!
Sua alimentação pode ser mais saudável, especialmente feita em casa.
Você pode iniciar, manter ou intensificar a atividade física, perder peso ou evitar ganho de peso!

Pessoas ativas, especialmente os idosos, devem ser incentivados a tentar manter seus exercícios físicos, mesmo que sejam necessárias algumas adaptações quanto aos locais de prática ou contatos pessoais, procurando sempre prestar atenção às orientações dos órgãos oficiais de saúde.

Existem evidências de que exercícios muito intensos — por exemplo correr uma maratona — podem suprimir brevemente sua função imunológica.
Portanto, agora não seria o momento ideal para fazermos exercícios extremamente extenuantes (como em corridas de distâncias muito longas, com duração, volume e/ou intensidade muito acentuados).

O exercício físico é uma receita excelente para a sua saúde, mas, à medida que o coronavírus se espalha, precisamos redobrar os cuidados.
A prática de exercício ao ar livre deve respeitar as recomendações de evitar contato próximo com outras pessoas, de manter uma distância segura e obedecer à etiqueta respiratória e higiênica. Se as pessoas circulam perto de você, mesmo ao ar livre, use máscara.

Apesar dos fechamentos das academias e dos riscos envolvidos nos espaços de atividade física, isso não significa que seu treino precise ser completamente suspenso.
Você pode manter a forma realizando alguns exercícios no conforto da sua casa. Use esteira, bicicleta, elíptico ou rolo de bike se tiver disponível. Você também pode dançar sozinho ou com seus familiares (com músicas de seu gosto, ou até mesmo assistindo a uma aula de dança na internet)!
Tudo o que você precisa é usar seu próprio corpo, elásticos, alteres (ou garrafas pet com areia ou água e até mesmo usando sacos de arroz), bola comum ou bola suíça.

Além de lavar bem as mãos regularmente, limpe com frequência seu material esportivo.
Higienize seus fones de ouvido e seus equipamentos de som, celulares, tablets ou relógios e rastreadores de fitness.
Nós tendemos a suar bastante quando nos exercitamos e os cabos e tiras de nossos acessórios de fitness podem ficar bastante contaminados.

Se você ficar doente e não se sentir bem, a história muda.
Na presença de sintomas e sinais compatíveis com infecções respiratórias, como febre, tosse e falta de ar, a prática de exercícios deve ser suspensa.
Nunca se exercite com infecção ou febre. Seu sistema imunológico está trabalhando extra para combater essa infecção e o exercício é uma forma de estresse físico que dificulta essa tarefa.
Autoria: Clayton Macedo, MD, PhD – CREMERS 14857, colaborou: Sofia Macedo, doutoranda de Medicina – UCS.


EM TEMPOS DE PANDEMIA E ISOLAMENTO SOCIAL,
COMO FICA A SUA SAÚDE MENTAL?
A Haux quer que você tenha mais saúde física e mental.
Veja dicas da Haux que vão lhe ajudar a se manter mentalmente mais saudável.

A pandemia de coronavírus pode ser estressante e causar medo e ansiedade.
O distanciamento social é um novo conceito para a maioria de nós.
Precisamos descobrir como continuar com a vida enquanto nos isolamos devido ao agravamento da pandemia.
São desafios específicos que podem oferecer oportunidades únicas para aproximar as famílias e até melhorar seu estilo de vida, principalmente em relação à alimentação saudável e exercício físico em casa.

Estamos aprendendo que isso significa passar mais tempo em casa do que estamos acostumados.

Pode significar que podemos ficar mais tristes, ansiosos ou irritarmos uns aos outros enquanto tentamos fazer as coisas em circunstâncias incomuns.
Existem pessoas que podem responder mais intensamente ao estresse. São elas:
• Idosos e pessoas com comorbidades.
• Crianças e adolescentes.
• Profissionais de saúde.
Os sintomas de estresse podem incluir:
• Medo e preocupação.
• Alterações no sono e nos padrões alimentares.
• Dificuldade de concentração.
• Piora dos problemas crônicos de saúde.
• Uso de álcool, tabaco ou outras drogas.

O que você pode fazer para melhorar sua saúde mental?
• Cuide do seu corpo:
• respire fundo,
• exercite-se,
• durma bem,
• aplique técnicas de relaxamento e alongamento,
• faça refeições saudáveis.
• Crie um cronograma/rotina para manter a ordem em casa.
• Elabore um plano para acompanhar as tarefas domésticas/responsabilidades domésticas.
• Crie e respeite os limites de cada membro da família.
• Mantenha a comunicação 24 horas/7 dias dentro de casa.
• Reconheça que todos lidam com o estresse de maneira diferente.
• Faça das refeições uma experiência compartilhada.
• Faça pelo menos uma atividade conjunta todos os dias, como dançar ou fazer exercícios resistidos em casa.
• Faça pausas ao assistir ou ler notícias e não exagere! Não deixe que essas notícias consumam seu tempo e sua saúde mental.
• Compartilhe somente informações confiáveis.
• Visite virtualmente seus amigos e familiares.
• Converse com pessoas em quem você confia sobre suas preocupações e sentimentos.
• Se não estiver conseguindo controlar suas emoções e sentimentos por conta própria, peça ajuda. O ideal é buscar um profissional habilitado para te orientar.
• Use a crise para seu crescimento pessoal!
Autoria: Clayton Macedo, MD, PhD – CREMERS 14857, colaborou: Sofia Macedo, doutoranda de Medicina – UCS.

É hora de agir!!!
A prevalência global de crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade é de 340 milhões entre os 5 e 19 anos de idade. No Brasil, estima-se que de 10% e 15% das pessoas entre 5 e 19 anos têm obesidade. Esses números vêm aumentando drasticamente nas últimas décadas e as projeções futuras são alarmantes.
A obesidade na infância e adolescência tem consequências importantes não apenas para os afetados, mas também para a família e toda a sociedade.
Jovens com excesso de peso geralmente apresentam obesidade na idade adulta, o que causa muitos problemas médicos e psicológicos que podem resultar em inúmeras doenças. Os fatores de risco cardiovascular clássicos, como hipertensão, dislipidemia e alteração do metabolismo da glicose, resumidos na definição da síndrome metabólica, ocorrem com frequência em crianças e adolescentes com obesidade. A síndrome metabólica é um forte fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares mais tarde na vida. Sem intervenção precoce, essas comorbidades, assim como a própria obesidade, podem resultar em morte prematura.
A obesidade tem muitas consequências psicológicas, algumas das quais são causadas em parte pela estigmatização e bullying.
Além disso, a obesidade em crianças e adolescentes está associada a um baixo rendimento escolar e dificuldades para conseguir uma melhor formação, um emprego ou mesmo encontrar um parceiro. Adolescentes com obesidade também têm maior risco de ter filhos com obesidade.
Todas essas consequências geram muito sofrimento e altos custos pessoais, familiares e para o sistema de saúde.
Embora estejam disponíveis opções de tratamento eficazes que foram comprovadas pela ciência, como a mudança no estilo de vida e medicamento, essas intervenções frequentemente falham, pois a adesão é baixa e a maioria das crianças e adolescentes com obesidade não procuram atendimento médico. Hoje existe medicação aprovada para tratamento da obesidade na adolescência. Portanto, é necessário melhorar a adesão ao tratamento e identificar as barreiras para que crianças e adolescentes com obesidade sejam adequadamente tratadas e suas consequências prevenidas.
A Haux Clinic tem programas específicos para o tratamento do excesso de peso na infância e na adolescência – o Haux Kids e o Haux Teens, com uma equipe de profissionais altamente treinados e um espaço físico lúdico e tecnológico para efetivamente mudar esse cenário e trazer mais saúde para nossas crianças e adolescentes. Venha conhecer!!!
Menos peso. Mais vida. Mais Haux.
Comorbidades da obesidade:
- colesterol e triglicerídeos aumentados
- ácido úrico aumentados
- hipertensão arterial
- diabetes mellitus tipo 2
- doença gordurosa do fígado
- síndrome dos ovários policísticos
- refluxo gastroesofágico
- apneia obstrutiva do sono
- doença articular relacionada ao peso
- humor negativo
- transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
- depressão
- bullying
- risco de suicídio
- câncer
- baixa autoestima
- distúrbios alimentares
- vício em internet
- problemas ou distúrbios de conduta
- qualidade de vida reduzida
- mortalidade precoce
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Reinehr T. Long-term effects of adolescent obesity: time to act. Nat Rev Endocrinol. 2018;14(3):183-188. doi:10.1038/nrendo.2017.147.
AUTOR
Clayton Luiz Dornelles Macedo, MD, PhD
Sócio fundador da Haux
Doutor em Endocrinologia Clínica
Especialista em Medicina do Esporte e do Exercício
Professor dos Cursos de Pós-graduação em Endocrinologia e Medicina Esportiva da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP
Coordenador do Núcleo de Endocrinologia do Exercício (Medicina Esportiva – UNIFESP)
Membro do Departamento de Diabetes, Exercício Físico e Esporte da Sociedade Brasileira de Diabetes – SBD
Presidente da Comissão Temporária de Estudos em Endocrinologia do Exercício – CTEEE da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM
Membro do Departamento de Atividade Física da Associação Brasileiro para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica – ABESO
CONTATO
clayton.macedo@haux.com.br

A restrição ou má qualidade do sono pode desempenhar um papel importante na desregulação hormonal, principalmente relacionada aos hormônios que regularizam nosso apetite.
Leptina e grelina são importantes hormônios reguladores do apetite. A leptina é produzida nos adipócitos, seu pico de liberação ocorre durante a noite e nas primeiras horas da manhã. Esta é responsável pelo controle da ingestão alimentar, atuando nas células neuronais do hipotálamo no sistema nervoso central. A grelina é um hormônio produzido principalmente no sistema gastrointestinal e é responsável pelo aumento da ingestão alimentar e adiposidade.
O sono insuficiente pode resultar em menor produção de leptina e maior produção de grelina, com consequente aumento de apetite e ganho de peso. Além deste fato, a duração curta de sono pode estar associada a hábitos alimentares irregulares, tais como ter maior predominância de lanches do que refeições completas, aumento da ingestão de gordura e doces, aumento do consumo calórico diário e, por outro lado, redução da ingestão de frutas e legumes, e menor nível de atividade física.
Sendo assim, precisamos manter o equilíbrio em nosso organismo, com a manutenção de horas suficientes de sono para que nossa fome seja modulada pelas necessidades fisiológicas normais, ou seja, pelo gasto calórico e não por alterações hormonais provocadas por noites mal dormidas. Vamos investir na qualidade do nosso sono e em hábitos de via mais saudáveis!
Referências Bibliográficas
CANUTO, R. et al. Sleep deprivation and obesity in shift workers in southern Brazil. Public Health Nutr. v. 17, n. 11, p. 2619-2623, 2014.
KIM, J. and I. JO. Age-dependent association between sleep duration and hypertension in the adult Korean population. Am J Hypertens, v. 23, n. 12, p. 1286-1291, 2010.
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AUTOR
Heloísa Theodoro, PhD
Nutricionista, Mestre e Doutora em Saúde Coletiva.
Doutorado Sanduíche na University of Toronto (Canada).
Professora dos Cursos da Área do Conhecimento da VIDA na Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Coordenadora do Curso de Pós Graduação em Nutrição Clínica (UCS).
Professora Colaboradora do Programa de Pós Graduação em Saúde Animal (UCS).
Pesquisadora da Universidade de Caxias do Sul (UCS) nas seguintes áreas: saúde coletiva, obesidade, saúde da mulher, saúde do escolar e segurança dos alimentos.
Membro do Comitê de Ensino, Pesquisa e Extensão (UCS).
Membro do Núcleo de Pesquisa em Saúde da Mulher (UCS- UNISINOS).
Revisora ad hoc de revistas científicas internacionais.
CONTATO
nutricao@haux.com.br