Há muito tempo que o medo de envelhecer leva o ser humano à procura de fórmulas mágicas, unguentos, e rituais específicos. Hoje vou me ater ao movimento de profissionais da saúde encaminhando à manipulação compostos caríssimos, com excesso de vitaminas, muitas vezes em doses absurdas, outras vezes com componentes raríssimos com objetivo de uma medicina “anti aging”.
Mas afinal, o excesso de vitaminas faz mal? Para esclarecer essa dúvida, que atinge muitas pessoas que buscam saúde e rejuvenescimento, e evitar que você acredite em fórmulas enganosas, acompanhe esse artigo.
Por que algumas pessoas ingerem excesso de vitaminas?
Não consigo entender o motivo de uma pessoa que tenha todas as funções intestinais absortivas normais, ingerir excesso de vitaminas em cápsulas. Sabemos que, quando orientada por um nutricionista, uma dieta pode fornecer praticamente todos os micronutrientes que necessitamos.
Além disso, o médico pode averiguar a capacidade absortiva intestinal do paciente, ou seja, dizer se há alguma incapacidade na síntese de alguma vitamina importante ou na sua absorção. Isso através de anamnese, exame físico, e alguns exames bioquímicos se assim se fizer necessário.
Lembre que toda dieta restrita em algum componente específico, pode induzir hipovitaminose ou deficiência de algum mineral. Além disso, precisamos saber que alguns microelementos, como o zinco, são mais difíceis de manter em níveis adequados no organismo. Por participar de muitas reações bioquímicas e não estar disponível em todos os alimentos, por vezes sua suplementação é necessária.
Sendo assim, se você precisar de suplementos, deve manter a vigilância sobre o excesso de vitaminas e conversar com o médico que as prescreveu.
O que dizem os estudos sobre o excesso de vitaminas?
Na literatura médica, houve exemplos de prescrição de doses exageradas de vitaminas, baseadas em estudos de laboratório. Porém, após estudos rigorosos em seres humanos, algumas consequências foram descobertas.
A vitamina E em dose excessiva demonstrou aumentar a incidência de câncer de próstata, altas doses de vitamina C aumentou a incidência de trombose, o betacaroteno em excesso aumentou a incidência de câncer de pulmão e o ácido fólico, quando acima do recomendado, aumentou a incidência de câncer de próstata e cólon.
A intoxicação vitamínica acontece mais facilmente com as vitaminas lipossolúveis, que são as: A, D, E e K, que se dissolvem em gorduras, sendo difícil de eliminar seus excessos pelo organismo. Assim como cada nutriente tem funções distintas, o excesso deles provoca consequências diferentes.
Megadoses de vitamina E podem levar a fenômenos hemorrágicos e ao aumento da mortalidade em longo prazo, já a vitamina K, está ligada à “coagulação sanguínea”. Enquanto isso, a vitamina A, conhecida por beneficiar a visão, pode causar “problemas neurológicos semelhantes à meningite e cefaléia intensa” se ingerida em excesso, além de oferecer risco para gestantes.
Como é o tratamento para hipervitaminose?
O tratamento para lidar com a intoxicação de vitaminas é diferente para cada grupo de nutrientes. No caso das hidrossolúveis, que são os que se dissolvem em água, como as vitaminas B1, B2, B3, B6, B9, B12, o ácido pantotênico e a vitamina C, basta interromper a administração dos nutrientes, o excesso é excretado pelos rins, pela urina.
Já no caso das lipossolúveis, mesmo com a suspensão da ingestão das vitaminas, pode demorar semanas ou meses para retornar à normalidade. O ácido pantotênico e a biotina, do grupo de vitaminas do complexo B, são nutrientes que não apresentam relatos de efeitos colaterais.
Por isso, fique atento, não entre em modismos. Alimentar-se bem e procurar ter uma vida saudável é um trabalho para toda a vida. A saúde não está contida em uma cápsula! Não caia em dietas e receitas milagrosas!
Procure sempre a orientação de especialistas de confiança. A Haux conta com uma equipe capacitada para te auxiliar na busca pela pela qualidade de vida e saúde. O que achou desse conteúdo? Essas informações foram úteis? Para ter acesso à mais temas como esse, continue lendo nosso blog e acesse nosso Facebook, Instagram e LinkedIn.





