No início de 2022, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), em parceria com a Sociedade Brasileira de Metabologia e Endocrinologia (SBEM), realizou uma pesquisa sobre gordofobia e obesidade no Brasil, com resultados bastante interessantes.
No total, 3.621 pessoas, com idade entre 18 e 82 anos, responderam às perguntas por meio de formulários online. Dos participantes, 75,4% eram obesos (IMC > 30) sendo que 89% eram mulheres. Neste texto, a Haux traz pra você alguns dos dados mais relevantes da Pesquisa Obesidade e Gordofobia 2022 – Percepções, que você pode ler na íntegra na internet.
Gordofobia
A gordofobia se define como preconceito ou aversão em relação a pessoa obesa. Deve ser combatida e discutida, pois pode resultar em dificuldade destes indivíduos ao acesso a serviços de saúde. Assim, o cuidado, o acolhimento a pessoa obesa deve ser discutido cada vez mais em nossa sociedade.
A pesquisa demonstrou que o impacto da doença deve ser minimizado e o tratamento da obesidade facilitado, tanto no sistema público quanto no privado.
Constrangimento
A carga de estigma social foi um dos primeiros pontos avaliados. Conforme os resultados das pesquisas, 85,3% das pessoas afirmaram já ter sofrido algum tipo de constrangimento relacionado ao peso.
E quanto mais obesa, maior o grau de constrangimento. Entre obesos grau III, praticamente todos relataram situações constrangedoras, em consultas, no trabalho, entre familiares e amigos ou em um estabelecimento comercial.
Os dados sobre a periodicidade dessas situações também são bastante impactantes. Mais da metade dos participantes afirmou ter vivido algum constrangimento desse tipo semanalmente e cerca de 20% disse que o estigma por causa do peso é vivido diariamente, reforçando a realidade da gordofobia no Brasil.
Tentativas de tratamento do excesso de peso
Outro conjunto de dados relevante concerne às tentativas de tratamento do excesso de peso. Ainda que muitas vezes se pense que essas pessoas não se importam com a questão, 93,6% dos participantes afirmou já ter feito tentativas anteriores de emagrecimento.
Sobre os locais procurados para essas tentativas, 55,7 % dos ouvidos buscaram a rede de saúde privada, 31,3% fizeram o esforço por conta própria e somente 12,9% recorreram ao atendimento de saúde pública.
A pesquisa também observou como essas pessoas se sentiram em relação ao atendimento recebido. No setor privado, 56% dos ouvidos disseram ter se sentido acolhidos pelos profissionais de saúde. Já na saúde pública, esse número foi menor: 38,5%. O estudo destaca ainda que, quanto maior o grau de obesidade, menos foi a sensação de conforto com relação ao tratamento.
As estratégias para a perda de peso relatadas por quem buscou alternativas individuais foram, em 63,2% dos casos, a combinação de dieta e exercício físico. Nesse grupo, um número expressivo, 10,3% dos participantes, utilizou medicamentos emagrecedores sem acompanhamento ou indicação de um médico.
Isto corrobora com os estudos sobre tratamento da Obesidade em que observamos que apenas 2% dos indivíduos com obesidade realizam tratamento, enquanto que 80% dos diagnosticados com Diabetes são tratados com medicamentos. Isto denota o preconceito e a desinformação em relação à doença.

O que fazer?
A partir desses resultados, as conclusões da Pesquisa: “Obesidade e Gordofobia 2022 – Percepções” convidam para uma estratégia conjunta, entre os setores públicos e privados da saúde, juntamente com a sociedade civil e outros setores relacionados a essa questão, de modo a oferecer um atendimento digno para pessoas com sobrepeso e obesidade.
Para tanto, consideram a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que afirma que “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”.
Nessa perspectiva, o acolhimento e redução do constrangimento para pacientes com obesidade é parte fundamental da saúde, entendida como estado completo de bem-estar , uma vez que muitas dessas pessoas deixam de acessar serviços de saúde por medo de passarem por situações de estigma.
A Haux tem profissionais preparados para atender as pessoas de forma digna e acolhedora. Isso faz com que seu método transdisciplinar traga melhorias consideráveis para diferentes perfis de pacientes. Quer conhecer mais? Siga a clínica no Instagram, Facebook e LinkedIn. Na Haux a vida fica mais LEVE!